O Governo anunciou a suspensão da emissão de licença para exploração de madeiras por dois anos, como forma de diminuir a “pressão” sobre as florestas do país.
“É uma decisão que tem em vista a questão da conservação e sustentabilidade do nosso parque florestal”, disse Filimão Suaze, porta-voz do Conselho de Ministros, em conferência de imprensa após mais uma sessão do órgão.
Segundo aquele porta-voz, a decisão surge após a constatação de que o país está a sofrer “grande pressão” no que diz respeito à exploração florestal.
“O nosso país detém uma considerável área de floresta sujeita a uma grande pressão”, observou Filimão Suaze.
Vários relatórios nacionais e internacionais têm indicado que Moçambique está a ser palco de crimes ambientais, principalmente o corte ilegal de árvores, alertando para as consequências dos altos níveis de desflorestação.
Como forma de diminuir a pressão dos recursos florestais, algumas medidas restritivas foram sendo aplicadas nos últimos cinco anos para inverter o cenário.
Em 2018, o Governo moçambicano emitiu novas regras para a exploração e exportação de madeira, como forma de travar o abate desenfreado de espécies nativas.
Dados oficiais indicam que Moçambique perde anualmente entre 140 e 187 milhões de euros devido ao contrabando de madeira.