A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da África do Sul, Maite Mashabane, garantiu esta quarta-feira, em Maputo, aquando da visita presidencial de Estado do seu Presidente, Jacob Zuma, que não haverá deportação forçada de moçambicanos e outros cidadãos de outras nacionalidades.
Segundo a ministra, a operação de deportação que decorre no seu país, que culminou com o repatriamento de cerca de 947 moçambicanos, na sexta-feira passada, está mais virada a pessoas que praticam actividades criminais e algumas em situação ilegal.
“A operação visa localizar algumas pessoas que praticam actividades criminais e algumas que não estão identificadas. Por um lado, temos encontrado pessoas devidamente identificadas que sozinhas pedem as nossas autoridades para regressarem ao seu país”, disse.
Quanto a xenofobia, Mashabane, reafirmou que esses ataques foram perpetrados por uma minoria de pessoas que praticam actividades criminais e de conduta duvidosa, que algumas delas estão presas.
“Temos que trabalhar para dar tolerância zero a xenofobia no nosso país e garantir que isso não volte a acontecer. Os dois países devem trabalhar em conjunto nas áreas de defesa e segurança”, acrescentou.
Pelo seu turno, o ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldimiro Baloi, apelou a sua homóloga sul-africana para que coisas do género não voltem a acontecer.
“O desejável é que isso não volte a acontecer”, acrescentou Baloi.
No que concerne a imigração ilegal, Baloi enfatizou que a África do sul quer melhorar a sua comunicação com Moçambique para se ultrapassar as barreiras relacionadas com a imigração ilegal.
“A imigração ilegal é um problema que existe em todo o mundo, o seu combate constitui um grande desafio, mas para se ultrapassar esta situação em torno dois países, vamos reactivar o instrumento de defesa e segurança, onde as autoridades dos dois Estados trabalharão em conjunto”, justificou.