Pela segunda vez no presente ano, a Renamo, maior partido da oposição, voltou a acusar o governo de estar a movimentar contingentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e da Intervenção Rápida (FIR) para as zonas onde ocorreram as hostilidades militares cessadas a 5 de Setembro.
De acordo com o chefe da delegação da Renamo nas conversações com o governo, Saimone Macuiane, o executivo de está a movimentar contingente para zonas de “conflito”, nomeadamente, província de Inhambane, região sul, Sofala, Manica e Tete, no centro do país.
“O governo tem estado a violar o Acordo de 5 de Setembro de 2014: movimentou e continua a movimentar contingentes das FADM e FIR, que estão a ocupar novas posições em zonas onde ocorreram as hostilidades que cessaram com a assinatura dos Acordos de 5 de Setembro de 2014, comportamento que pode trazer consequências graves se a Renamo tomar a mesma atitude em relação às suas forças”, acusou Macuiane.
Refira-se que em torno da primeira queixa apresentada pela Renamo na semana finda, o governo, através do chefe da sua delegação no diálogo, José Pacheco, defendeu-se salientando que não há matéria consistente capaz de consubstanciar uma violação, “porque as nossas FDS têm a responsabilidade de garantir a integridade do território e garantir a ordem e segurança pública”.
Dentre várias matérias, a Renamo disse estar preocupada com a morosidade nas negociações em curso entre as partes, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, bem como o impasse que se verifica no cumprimento da alínea H, do terceiro ponto do Acordo de Cessação das Hostilidades, que diz respeito ao modelo de integração e enquadramento do seus homens residuais nas FDS e PRM.
Macuiane, falava nesta quarta-feira, em conferência de imprensa, em Maputo.
