O Fundo Nacional de Investimento (FNI) quer implementar o sistema de financiamento a longo prazo nos projectos de investigação, inovação e transferência de tecnologia, para estimular maior participação de empresas e instituições de investigação científica no país.
A iniciativa, foi avançada na última quinta-feira (20) pelo Inspector-geral do Ministério da Ciência e Tecnologia, Jamisse Taimo, no decorrer do V Seminário Nacional de Divulgação dos Resultados dos Projectos, tendo sido marcado como uma oportunidade para se medir o pulsar da investigação científica e seus benefícios no país.
Entretanto, o inspector da MCT desafiou os actores do sector, concretamente, os coordenadores dos projectos financiados pelo FNI, para considerarem como é obrigatório trazer tais resultados alcançados em função dos objectivos definidos no projecto de financiamento.
“Como instrumento de financiamento aos projectos de investigação, inovação e transferência de tecnologia, é importante que se pretenda instaurar um padrão de financiamento de longo prazo, para estimular maior participação, benefício mútuo e acção conjunta de empresas com as universidades e instituições afins”, introduziu Taimo, acrescentando que, desde a criação do FNI, em 2006, o número de projectos financiados pelo pelouro tem vindo a crescer, sendo que até ao presente, 250 projectos já beneficiaram de financiamento a nível nacional e internacional.
Aliais, para o FNI, é notório que grande número de projectos financiados é da área de agricultura, o que de certa forma espelha aquilo que é a necessidade do nosso país, mais alimento e técnicas cada vez melhores para o aumento da produção, seguido de propostas da área da saúde, outra necessidade, de forma a garantir tratamentos eficazes no combate a várias enfermidades.
Ainda de acordo com inspector, constitui maior desafio dos cientistas moçambicanos, demonstrar com o impacto dos seus resultados a capacidade que a ciência, tecnologia e a inovação têm de dinamizar a criar novos produtos, a adoptar procedimentos mais céleres e eficazes na prestação de serviços, melhoramento de processos e agregação de valor ao longo da cadeia de produção.
Igualmente, os desafios colocam a prova a capacidade do nosso conhecimento, onde não basta o sucesso até agora alcançado, mas necessário aprimorá-lo ainda mais, com dedicação e afinco, para gerar soluções adequadas aos inúmeros problemas da população moçambicana. Como promotores do conhecimento, pesa sobre nós a necessidade de transformá-lo em acções práticas com vista a proporcionar resultados palpáveis a todos os níveis, com ênfase para a solução dos problemas nas zonas rurais.