Sociedade Meio Ambiente Lixo “assalta” bairros da Matola

Lixo “assalta” bairros da Matola

O Conselho Municipal da Matola introduziu no ano passado camiões e tractores de recolha em alguns bairros em expansão como Khongoloti, 1º de Maio, São Damasso e outros velhos tais como Patrice Lumumba, Zona Verde, T-3 e Cinema 700, mas na prática estes meios mostram-se ineficientes.

É que em todos estes bairros que o Canalmoz efectuou uma ronda, há lixo espalhado nas ruas. Os moradores já perderam a escala dos carros de recolha de lixo. Quando chove os sacos plásticos de lixo arrebentam com cheiro nauseabundo. Quando há ventania o lixo espalha-se.

Para o caso dos bairros novos, os moradores deixaram de abrir covas nos quintais para enterrar os resíduos sólidos, e agora o município já não manda os camiões para recolher o lixo. As ruas destes bairros é que viraram autênticas lixeiras. Há quatro semanas que o lixo não é recolhido nestes bairros.

Já nos bairros antigos como “700”, o camião entrou apenas três vezes pela Avenida da Liberdade, naquilo que foi descrito pelos próprios moradores como um acto de pré-campanha eleitoral. De lá a esta parte nem o camião, nem o tractor. Os moradores da Avenida da Liberdade são obrigados a levar sacos de lixo à zona do Cinema 700. Esta quarta-feira, o Canalmoz viu sacos plásticos com lixo depositados na estrada desde a Padaria Boane até Cinema 700.

Matola produz 500 toneladas de lixo por dia

O município da Matola produz por dia 500 toneladas de lixo, mas desta quantidade apenas 30 por cento é que são removidos devido à insuficiência de equipamentos.
Sabe-se que, para uma limpeza perfeita, seria necessário pelo menos 15 camiões contentores a fazerem uma média de dez turnos diários.

Resultado disso é que as zonas habitacionais da Matola estão a registar um aumento de focos de lixo, o que constitui um atentado à saúde de milhares de munícipes que por ali habitam, principalmente as crianças, que brincam na via pública.