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Moçambique vai construir aterros sanitários em Nampula e Nacala para reforçar gestão de resíduos

O governo de Moçambique irá investir cerca de 1,5 mil milhões de meticais (23,5 milhões de dólares americanos, ao câmbio actual) na construção de dois aterros sanitários nas cidades nortenhas de Nampula e Nacala, como parte de um esforço para melhorar a gestão de resíduos.

Durante uma Mesa Redonda sobre o Dia Mundial da Limpeza, realizada no passado domingo na Universidade Unirovuma e sob o lema “Vamos Todos Lutar e Prevenir a Poluição Plástica”, Delfina Falume, Directora Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente de Nampula, anunciou que o investimento será iniciado em 2026, estando actualmente à espera das aprovações finais.

Falume explicou que os aterros terão um espaço central dedicado à disposição organizada, incluindo uma área de armazenamento temporário onde os resíduos serão separados. Os locais para os aterros já foram identificados e os estudos técnicos necessários foram concluídos.

O financiamento do projecto será assegurado por parceiros internacionais, numa resposta abrangente de Moçambique aos crescentes desafios ambientais e de gestão de resíduos. A directora provincial alertou para o impacto alarmante da poluição plástica, revelando que cerca de 17.000 toneladas de plástico são despejadas no mar anualmente, enquanto 116.000 toneladas são depositadas em aterros, predominantemente sem tratamento.

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Por sua vez, Gustavo Dgedge, Secretário de Estado para a Terra e Ambiente, sublinhou os riscos à saúde e ao meio-ambiente associados à gestão inadequada de resíduos, destacando que apenas um por cento do plástico descartado é actualmente reciclado em Moçambique. O secretário de Estado também frisou que o país produz aproximadamente 4,2 milhões de toneladas de resíduos anualmente.