O Instituto de Investigação em Águas ainda não é capaz de trazer informação completa sobre a qualidade de água que é consumida por cerca de 40 por cento das populações das zonas urbanas do país, que não seja da rede pública. Neste momento, a única certeza que se tem é de que 60% das pessoas do meio urbano consomem água com qualidade.
A informação foi avançada, ontem, em Maputo, pela directora do Instituto de Investigação em Águas, Roda Luís, que falava durante o curso de monitoramento e avaliação da qualidade de água.
Na ocasião, os jornalistas questionaram sobre a qualidade de água que se consome no país, e a fonte explicou que, neste momento, há duas realidades: há moçambicanos que consomem água de rede pública e outros que não. Desta feita, os 60 por cento que têm acesso à água que se pode consumir são os que estão nas zonas urbanas, com acesso à rede pública. O que significa que os restantes que não acedem ao líquido precioso fornecido através desta rede podem estar a consumir água imprópria.
Roda Luís diz que a sua instituição ainda não tem capacidade para trazer informação global sobre a qualidade de água no país. “Temos uma situação da água da rede pública e aquela que não é da rede. Quanto à primeira, os nossos trabalhos mostram que a qualidade é muito boa. Temos que arranjar formas de chegar àquelas pessoas que consomem água que está fora da rede e vermos como é que podemos trabalhar com elas para garantirmos que possam também consumir água com qualidade”, explicou a fonte, acrescentando que, segundo os últimos resultados, “penso que estamos acima já de 60% da população que consome água de boa qualidade”.