Na semana passada instalou-se na ponte-cais da capital provincial um clima de medo, depois que uma das tampas de um aparelho que liga o batelão móvel montado para facilitar as operações da travessia marítima de pessoas e bens que usam embarcações a motor com a antiga estrutura fixa soltou-se, deixando uma abertura no meio.
Do lado da cidade da Maxixe o grande perigo que coloca em pânico os utilizadores é o desassoreamento da ponte-cais, situação que acontece com muita regularidade em tempo de marés vazantes.
A directora provincial dos Transportes e Comunicações, Aciça Carimo, disse ao nosso Jornal que a degradação das duas pontes-cais recentemente reabilitadas preocupa o Governo e que para ultrapassar o problema já decorrem acções de levantamento das actividades a serem desenvolvidas para a reposição da normalidade.
“Estamos a trabalhar há um ano em busca da solução daquele problema, mas apraz-nos informar que o que aconteceu semana passada na ponte da cidade de Inhambane ainda não constitui grande perigo, pois os técnicos do INAMAR fizeram peritagem no local e produziram um relatório para o Governo Provincial com recomendações claras sem, no entanto, declarar perigo iminente na sua utilização”, disse Aciça Carimo.
A directora provincial dos Transportes e Comunicações de Inhambane explicou que o nível dos estragos que se verificam nas duas estruturas acontece por ausência de um plano de manutenção das duas infra-estruturas, pois, segundo disse, são erros que não podiam ter atingido o actual nível, embora não sendo de grande dimensão.
“Inicialmente admitíamos a possibilidade de encontrar soluções locais para verificar as roldanas da ponte flutuante e outros acessórios, mas chegámos à conclusão de que o estado actual das duas pontes precisa da intervenção da empresa que reabilitou e modernizou, a Teixeira Duarte. É por isso que agora estamos na fase da elaboração dos respectivos cadernos de encargos com a colaboração dos Caminhos de Ferro de Moçambique”, anotou Aciça Carimo.
Entretanto, aquele membro do Governo Provincial apelou aos utentes para não entrarem em pânico porque ainda não constitui perigo a utilização daquelas pontes-cais para todas as operações. No entanto, a nossa fonte pediu maior responsabilidade, nomeadamente para evitar o armazenamento de grandes volumes de carga na ponte flutuante de Inhambane, bem como o afluxo de muitas pessoas, entre passageiros, acompanhantes ou carregadores de bagagem, até aos próprios operadores dos barcos.
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