A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, estima que doze milhões de cabritos e ovelhas estão em risco em países como Moçambique, Malawi e Zâmbia devido ao Surto de Pequenos Ruminantes.
Aquela agência garante que vai continuar a prestar apoio técnico para se evitar a propagação da doença na SADC e consequente mortalidade de cem por cento de cabritos e ovelhas, representando um prejuízo sócio-económico incalculável.
No seu todo, a SADC conta com cerca de cinquenta milhões de cabritos e ovelhas que estão em risco de contrair a doença, considerada extremamente infecciosa e contagiosa.
A peste eclodiu na Tanzânia no início de 2010, e só neste país estão em risco mais de vinte e três milhões de cabritos e três milhões de ovelhas.
De acordo com a FAO, na eventualidade da propagação da doença para os restantes países da SADC, isso poderá ter consequências devastadoras em termos de segurança alimentar e de sobrevivência de milhares de pessoas.
Na esteira desta ameaça, técnicos de Moçambique, Zâmbia e Malawi reuniram-se há dias neste último país para a concertação de ideias visando prevenir a propagação do surto.
O ministro malawiano da Agricultura e Segurança Alimentar, James Muntali, vincou a necessidade uma abordagem comum sobre a peste de pequenos ruminantes por representar um perigo de morte para milhões de cabritos e ovelhas na SADC.
Muntali destacou que esta foi a razão que juntou veterinários dos três países.
A peste de pequenos ruminantes é facilmente transmissível através do contacto directo entre os animais vivos nas pastagens partilhadas e nos mercados de venda de animais.
Para se evitar a propagação da doença, recomenda-se a vacinação dos ruminantes em todos os pontos críticos.
Neste momento, uma das estratégias ao nível regional é a adopção de medidas para se evitar propagação do surto para o sul da Tanzânia, porque segundo especialistas, isso pode colocar em risco todos os países da África Austral.
RM