A empresa namibiana de electricidade, NamPower, vai receber brevemente a energia eléctrica produzida em Moçambique no Parque Gigawatt de Ressano Garcia.
Esta informação foi ontem avançada pelo ministro da Energia e Minas da Namíbia, Isaki Katali, que testemunhou a inauguração das instalações onde o gás natural está a ser transformado em Ressano Garcia.
Falando na ocasião, Katali disse que com este projecto o problema de fornecimento de energia que aquele país sofria vai passar para a história.
“Com a industrialização a nível da região, aumentou-se a procura de energia e a capacidade de produção reduziu. Perante esta situação, a região não está de braços cruzados, tem feito esforços para garantir o fornecimento de energia”, disse, anunciando que a Namíbia tem em carteira 170 biliões de dólares para investir no sector energético nos próximos 15 anos.
Acrescentou que até 2018, a Namíbia vai implantar grandes projectos.
Por seu turno, o director executivo da NamPower, Paulins Shilamba, disse que a Namíbia é parte deste projecto.
“A região da SADC enfrenta baixas de produção de energia e Namíbia vai continuar por mais 4 anos enquanto se resolvam alguns problemas”, disse.
Shilamba afirmou que com a inauguração da segunda fase do projecto, o seu país vai renegociar os acordosregionais com as empresas fornecedoras de energia. A Aggreko garante que vai fornecer energia que os clientes estão à espera.
O acordo para o fornecimento de energia eléctrica à Namíbia foi assinado no início deste ano entre as empresas Electricidade de Moçambique (EDM), NamPower, da Namíbia, e a Aggreko, grupo escocês do sector de produção de energia eléctrica que opera em pelo menos 100 países.
Os 232 megawatts da capacidade instalada no Parque de Ressano Garcia serão repartidos entre as operadoras EDM e a NamPower.
O Parque de Ressano Garcia foi construído pela Aggreko em 2012 como parte de um projecto ambicioso de se tornar no primeiro empreendimento de geração de energia eléctrica a fornecer mercados transfronteiriços a nível da região austral de África.
Na primeira fase do projecto, inaugurado em Julho de 2012, a Aggreko passou a fornecer energia à EDM para satisfazer as necessidades de consumo interno, além de fornecer parte da energia produzida à vizinha África do Sul através da sua companhia de especialidade, a Eskom.