Sociedade Meio Ambiente Malema acolhe unidade prisional para a região norte

Malema acolhe unidade prisional para a região norte

Dados em poder do nosso Jornal apontam que o referido complexo, cujas obras terão a duração de dois anos, a cargo de uma empresa do ramo de construção civil, baseada na vizinha África do Sul, vai ocupar uma área de 3.000 hectares onde serão implantadas quatro unidades prisionais destinadas a reclusas, menores em conflito com a lei, jovens e adultos que tenham sido condenados ao cumprimento de penas superiores a três anos pelos tribunais judiciais das províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado.

Apuramos ainda que a população em reclusão vai desenvolver actividades agrícolas e para tal foi prevista uma área dentro da parcela de três mil hectares. Para a formação dos reclusos nas diferentes áreas de serviços visando a conclusão da pena com uma profissão que garante emprego ou trabalho por conta própria, serão construídos pavilhões de oficinas industriais.

Para residência dos 800 funcionários que serão destacados para assegurar o funcionamento dos serviços prisionais no complexo integrado de Nataleia, serão construídos cinco edifícios com igual número de pisos, além de residências para acomodar os quatro directores das unidades prisionais previstas e mais uma para o director-geral.

Uma unidade bancária comercial está concebida no projecto, com o intuito de garantir não somente pagamento de salários aos funcionários da unidade prisional e servir a população de Nataleia em geral, mas também o funcionamento de vários serviços que serão implantados naquela região com potencial agrícola de Malema.

O administrador de Malema, Daúda Mussa, acrescentou que um centro infantil, dois estabelecimentos escolares para leccionar o nível básico e secundário geral, serão das infra-estruturas contempladas no projecto de Nataleia a ficarem concluídos mais cedo que as restantes, nomeadamente o centro de diversão com serviços de bar e restaurante, campos desportivos, entre outros que serão adjudicados a privados para a sua exploração.

A nossa Reportagem apurou que o edifício da cadeia civil de Nampula, que apresenta sinais de debilidade devido fundamentalmente à pressão exercida sobre a mesma em termos de população prisional que chega a superar cinco vezes mais a sua capacidade de 95 reclusos vai ser transformada para outras finalidades.

Enquanto isso a penitenciária industrial de Nampula que serve actualmente as províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado, com uma capacidade de mil reclusos, passará a acolher presos em regime preventivo.

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