A primeira fase do trabalho vai, de acordo com João Munguambe, vereador das Actividades Económicas no Conselho Municipal, contemplar a restauração dos sistemas de abastecimento de água, de drenagens e de iluminação, bem como os acessos, a parte verde e a estufa destruída há vários anos.
A remodelação dos edifícios existentes naquele espaço e a construção de algumas novas infra-estruturas fará parte da segunda fase, que se espera que arranque logo após a primeira, segundo o nosso interlocutor.
Entre as novas coisas que o jardim terá, a fonte destacou um restaurante, um quiosque e duas pequenas lojas de venda de presentes, infra-estruturas que o Conselho Municipal garante que não vão mexer muito a componente botânica do local, o seu principal enfoque.
Abordado ontem pelo “Notícias”, o vereador Munguambe enfatizou que ao empreiteiro ao qual o trabalho foi confiado, a CETA – Construções e Serviços, falta apenas o visto do Tribunal administrativo para começar o trabalho.
Construído em 1924, o Tunduru reclama melhorias há já vários anos, sendo também antigas as movimentações do Município com vista à devolução do aspecto acolhedor àquele espaço.
O projecto executivo, que define as intervenções a serem feitas, por exemplo, foi elaborado em 2011 pela Técnica-Engenheiros Consultores, tendo custado 6.8 milhões de meticais, montante que inclui a fiscalização das obras a arrancarem em breve.
As obras são financiadas pelas empresas Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a mineradora Vale Moçambique, numa parceria estabelecida com o Município.
A previsão inicial era que as obras de restauro daquele espaço verde da capital tivessem iniciado em 2011, atraso justificado pelas alegadas “complicações” verificadas no decurso do processo.
Entre os constrangimentos registados, a nossa fonte apontou as mudanças na presidência da empresa dos Portos e Caminhos-de-Ferro, com a saída de Rui Fonseca e a entrada de Rosário Mualeia.
Ao longo dos seus anos de existência, o Jardim Tunduru foi um local bastante visitado devido à existência de uma grande variedade de espécies de árvores. Pela sua beleza, perdida com o tempo, o espaço era preferido por muitos citadinos para o registo fotográfico de momentos especiais, como casamentos, para além de excursões de estudos por parte de alunos de várias instituições de ensino, sobretudo dos níveis primário e secundário.
Noticias