Sociedade Meio Ambiente É preciso colocar no mercado produtos processados localmente – exorta José Pacheco

É preciso colocar no mercado produtos processados localmente – exorta José Pacheco

José Pacheco foi confrontado em Inhassoro durante a exposição de produtos produzidos na província de Inhambane, no quadro da realização do VII Conselho Coordenador do Ministério da Agricultura, com várias iniciativas que, segundo disse, ainda constituem novidade no mercado nacional, daí a necessidade da sua colocação, primeiro no mercado nacional, e depois fora do país com identificação precisa da sua origem “Made in Mozambique”.

Biscoitos de mandioca, compota de tomate, biscoitos e bolos de mandioca, licores de casca de laranja, biscoitos de batata-doce, derivados de carne de vaca, leite fresco, iogurte, além de abate e processamento de frangos, entre outros, foram os produtos que José Pacheco encontrou na feira agro-pecuária de Inhassoro processados em diversas unidades nos distritos de Zavala, Mabote e Vilankulo, na província de Inhambane.

“Temos que sair das exposições para o mercado. Sabemos que ainda estamos a começar mas é preciso divulgar e publicitar a existência destes produtos nos nossos estabelecimentos para alimentar o nosso povo. Estamos a falar da redução das importações de hortícolas, afinal já estamos a processar muitas coisas aqui no país, mas que o nosso povo ainda não tem acesso porque não está no mercado”, exortou o ministro da Agricultura, conversando com os expositores em Inhassoro.

Dirigindo-se à Associação de Desenvolvimento Comunitário de Chitondo, no distrito de Zavala, que trabalha desde 2008 na promoção e aproveitamento de recursos locais, Pacheco disse que os derivados de mandioca, batata-doce, compota de tomate, de laranja e tangerina devem ser comercializados, porque aliviam, por exemplo, a procura de farinha de trigo para fazer pão, biscoitos e outros produtos.

Em Vilankulo José Pacheco ficou impressionado com o desempenho da Dhokolo, uma empresa de processamento de carnes, que em menos de dois anos do início de actividades está a produzir com qualidade invejável os derivados de carne bovina e frangos. Entretanto, aquela empresa queixou-se da falta da certificação dos seus produtos para serem comercializados no mercado nacional.

Para ultrapassar esta dificuldade Pacheco orientou os quadros do sector de pecuária para trabalharem com os proprietários e com outros sectores intervenientes para que os produtos da Dhokolo tenham a certificação necessária, porque, segundo constatou Pacheco durante a visita, aquela instituição privada tem qualidade para o efeito.

Por seu turno, o presidente da Associação para o Desenvolvimento Comunitário de Chitondo, Eugénio Benhe, disse que existe um esforço para a colocação de biscoitos e outros derivados de mandioca e batata-doce nas lojas de conveniência.

“Já temos os nossos produtos em Xai-Xai e Maputo, mas o nosso sonho é sair da zona sul para outros pontos do país”, disse Benhe, numa breve conversa com o ministro José Pacheco.

O titular da pasta da Agricultura, que igualmente visitou alguns produtores em plena actividade no distrito de Inhassoro, orientou os extensionistas rurais ali afectos para prestarem atenção no controlo das pragas que atacam as árvores de fruta, nomeadamente limoeiros, laranjeiras, tangerineiras, assim como cajueiros.

“A transferência de tecnologias inclui também o controlo de pragas, o nosso trabalho não termina apenas em ensinar a aplicar adubos orgânicos ou químicos, tirar as ervas daninhas, entre outras técnicas, mas também em combater as pragas que atacam a produção do camponês”, disse Pacheco.

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