Na mesma sessão o CPMO decidiu intervir nos mercados interbancários para garantir que a base monetária não ultrapasse 42.363 milhões de meticais no final de Julho de 2013, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência em 9 por cento, manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos em 1,75 por cento, assim como manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias, fixado em 8 por cento.
Em relação ao desenvolvimento da economia moçambicana, estimativas preliminares divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o PIB de Moçambique cresceu em 4,8 por cento no I trimestre de 2013. Este crescimento, comparado com igual período de 2012, representa uma desaceleração de 4,1 pontos percentuais.
Entretanto, o comportamento da inflação até Junho de 2013 é justificado pela recuperação da produção no mercado doméstico de frutas, vegetais e leguminosas, a qual havia sido negativamente afectada no princípio do ano pelas cheias que assolaram o país, aliada à estabilidade do metical no mercado cambial doméstico (variação mínima face ao dólar dos EUA e fortalecimento em relação ao rand), num contexto de manutenção de preços de bens administrados.
Durante a quinzena o destaque, segundo o Banco de Moçambique, vai para o facto de o metical ter mantido a estabilidade, tendo na quinzena apreciado vis-a-vis o dólar dos EUA. Enquanto isso, as Reservas Internacionais Líquidas aumentaram.
Na análise à quinzena, o Banco Central refere que o nível geral de preços teve uma tendência descendente. De acordo com o acompanhamento semanal efectuado pelo Banco de Moçambique (BM), na primeira quinzena de Julho de 2013 os preços de bens e serviços apresentaram sinais de baixa na cidade de Maputo.
Entretanto, o metical registou uma apreciação em todos os segmentos do mercado cambial, sendo de destacar a ocorrida nas casas de câmbios, comportamento já observado na quinzena anterior.
Na sequência desta tendência, o diferencial entre as taxas de câmbio nestes segmentos voltou a reduzir, passando de 0,40 por cento para 0,30 por cento. No mesmo sentido de redução evoluiu o diferencial entre as taxas de câmbio médias praticadas pelas casas de câmbio e os bancos comerciais, que passou para 2,98 por cento, após 3,32 por cento na quinzena anterior. Em relação ao rand, o metical inverteu o cenário da quinzena anterior, depreciando-se em 1,01 por cento, após uma apreciação de 1,65 por cento no final de Junho, mantendo a tendência de apreciação em termos de variação acumulada e anual.
Relativamente ao euro, o metical registou uma apreciação de 0,28 por cento face a 1,86 por cento na quinzena anterior e mantendo-se no terreno da depreciação em termos acumulados e anuais.
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