A Electricidade de Moçambique, E.P. (EDM) e a ExxonMobil Moçambique, Limitada (EMML), responsável pela operação na Área 4 da Bacia do Rovuma, oficializaram um Memorando de Entendimento que visa o financiamento da II Fase de um projecto de electrificação.
Esta iniciativa será implementada no posto administrativo de Quionga, situado na província de Cabo Delgado.
A primeira fase do projecto, que teve um investimento total de 500 mil dólares norte-americanos, possibilitou que 500 famílias se conectassem à rede eléctrica nacional, beneficiando especialmente as comunidades dos bairros Quilani, Incularino, Mwa e Quelimane, na sede de Palma, conforme indicado num comunicado acessível à Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Durante a primeira etapa, foram realizadas várias obras significativas, incluindo a construção de oito quilómetros de rede de média tensão, a instalação de três transformadores de 160 kVA, um transformador de 100 kVA, 12 quilómetros de rede de baixa tensão e a colocação de 96 candeeiros de iluminação pública.
Agora, na II Fase do projecto, a electrificação será estendida ao Posto Administrativo de Quionga, com a construção de 25 quilómetros de linha de média tensão a 33 kV. Esta fase contempla também a instalação de quatro transformadores de 100 kVA, 6 quilómetros de rede de baixa tensão, a colocação de 60 candeeiros de iluminação pública e a ligação de 600 famílias à rede nacional. O investimento total para esta fase é estimado em 1,17 milhões de dólares, com 876 mil dólares a serem financiados pela EMML e 292 mil dólares pela EDM.
Na cerimónia de assinatura do memorando, o director-geral da EMML, Arne Gibbs, enfatizou a importância do acesso à energia como motor de progresso em diversos sectores, destacando que esta iniciativa contribuirá para a recuperação do Distrito de Palma e reforçará a resiliência das comunidades locais.
O administrador executivo da EDM, Eng.º António Munguambe, sublinhou a relevância desta parceria para a concretização da meta nacional de Acesso Universal à Energia Eléctrica até 2030, destacando o impacto positivo esperado na qualidade de vida das populações de Quionga, ao permitir melhorias nos serviços sociais básicos, como abastecimento de água, saneamento, saúde, educação, comunicações e dinamização da actividade económica local.
Com as recentes iniciativas, a taxa de acesso à energia eléctrica em Moçambique aumentou de 32,7% em 2020 para 63,7% nos dias de hoje.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture composta pela EMML, Eni e China National Petroleum Corporation (CNPC). A EMML lidera o Projecto Rovuma LNG em representação da MRV, enquanto a Eni é responsável pelos Projectos Coral Sul e Coral Norte.