Politica ACONTECIMENTOS DE MUXÚNGWÈ – Chissano defende solução sem recurso à violência

ACONTECIMENTOS DE MUXÚNGWÈ – Chissano defende solução sem recurso à violência

Falando terça-feira à imprensa, na Praça dos Heróis Moçambicanos em Maputo, à margem das cerimónias alusivas ao 38.º aniversário da independência nacional, Chissano defendeu a resolução do diferendo com base em soluções “que nos permitam progredir”.

“Apelar também para que caso haja uma percepção de erros ou de dificuldades juntemos as nossas inteligências, as nossas mentes para encontrar soluções que nos permitam progredir, sem destruir o que construímos, reforçar as nossas relações de cidadãos irmanados do Rovuma ao Maputo com mais força”, disse o antigo estadista moçambicano.

“Portanto, é preciso que cada um se prepare internamente para poder levar avante este combate, que é um combate mais difícil porque uma pessoa que se sente ofendida a tendência é de assaltar os outros por palavras ou por acções, mas quem sabe conter a sua ira, raiva ou insatisfação pode encontrar formas para a melhor solução dos problemas que o afligem”, acrescentou.

O apelo do antigo estadista moçambicano surge na sequência da tensão política que se vive no país e que nas últimas semanas traduziu-se em vários ataques perpetrados por homens armados da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, contra civis e forças de defesa e segurança, o que já resultou em mais de uma dezena de vítimas.

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Os ataques mais recentes ocorreram na semana passada, tendo como alvo um paiol das Forças Armadas de Moçambique no distrito de Dondo, na província central de Sofala, cujo saldo foi sete militares foram mortos e equipamento militar roubado. Dias mais tarde, registaram-se outros ataques a civis ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1), no troço Rio Save/Muxúnguè, onde até agora a circulação é feita com a protecção de uma escolta das Forças Armadas.

Refira-se que, juntamente com o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, Chissano foi o signatário do acordo geral de paz, que marcou o fim da guerra dos 16 anos em 1992 e ganhou o reconhecimento internacional por ter alcançado e consolidado a paz no país.

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