A solicitação, nesse sentido, foi feita durante um encontro popular dirigido aquela magistrada do Ministério Público na província de Inhambane, cujo objectivo, era auscultar aquela comunidade sobre os problemas que enfrenta na área da Justiça.
Carolina Azarias, que está a visitar os distritos no quadro de assistência aos órgãos de administração de Justiça, reuniu-se, em Govuro, com líderes comunitários e a comunidade de Maluvane, que se queixou do roubo de gado bovino à calada da noite, acção protagonizada por forasteiros que se fazem transportar em camiões.
Para contrariar a situação, conforme referiram no encontro com a Procuradora-Chefe Provincial, as comunidades têm recorrido à colocação de obstáculos nas vias públicas e algumas picadas usadas pelos ladrões do seu gado.
“Não prometi um posto policial, muito menos cancela, em Maluvane, para fiscalizar camiões que passam ai à noite. No entanto, vou discutir o assunto de roubo de gado bovino, em Govuro, com o comandante da Polícia da República de Moçambique de forma a encontramos uma resposta urgente às preocupações dos criadores e comunidades de Govuro”, disse Carolina Azarias.
Sobre outras matérias tratadas nos encontros com as comunidades locais, Carolina Azarias disse que a Procuradoria está a realizar um trabalho normal de explicação às pessoas sobre a necessidade de evitarem a prática de crimes por desconhecimento das leis.
“A tónica da nossa sensibilização é, fundamentalmente, no sentido de evitar fazer justiça com as próprias mãos e apelar à colaboração permanente com as forças da lei e ordem”, disse Carolina Azarias.
Além do roubo de gado bovino, os habitantes de Govuro pediram, igualmente, a intervenção de instituições de direito para travar a onda de acidentes de viação, sobretudo no troço Maluvane/Nova Mambone. A este respeito solicitaram a colocação de lombas ao longo da via.
Hoje, Carolina Azarias trabalha na localidade de Massavane, no distrito de Jangamo onde leva como preocupação, além da divulgação da legislação primária da Justiça, a necessidade de evitar a pesca de espécies marinhas proibidas, pelos pescadores artesanais locais.
Nas praias de Guinjata, Paindane, Baía dos Cocos e ainda de Jangamo, os pescadores artesanais, vezes sem conta, são surpreendidos com equipamento caseiro e outras artes de pesca proibidas, a capturar tartarugas marinhas e outras espécies protegidas.
Jornal Noticias