Fonte autorizada da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) disse a nossa fonte que a transmissão de energia eléctrica na capacidade instalada das duas linhas foi reposta por volta das 4.25 horas.
Como consequência da queda das torres, a HCB registava até então uma redução de cerca de 30 porcento em termos da quantidade de energia vendida à sua principal cliente, a sul-africana ESKOM, significando um prejuízo diário na ordem de 300 mil dólares.
No dia 21 de Janeiro de 2013, devido aos efeitos das cheias ocorridas no país, a força destruidora das águas provocou a queda da torre 2055 e a danificação de outras duas adjacentes na zona de Pafúri, província de Gaza, culminando deste modo com o arrastamento da linha de escoamento da corrente eléctrica para a ESKOM, empresa sul-africana de venda e distribuição de energia.
Logo a seguir à ocorrência foram accionadas medidas visando o rápido restabelecimento da transmissão em pleno e desencadeadas diligências para a reparação dos danos causados pelas cheias. Assim, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa assinou no dia 25 de Fevereiro de 2013 um contrato de empreitada para o restabelecimento operacional da linha.
A intervenção foi antecedida pela desminagem da zona para garantir a segurança dos técnicos e operários, uma vez que se suspeitava que as águas tivessem arrastado para o local minas anti-pessoais.
Seguiu-se à desmontagem das torres danificadas e a montagem das novas e dos respectivos cabos de transmissão, trabalho que se previa estivesse concluído no dia 30 de Março de 2013, facto que não aconteceu devido a novos constrangimentos encarados pelo empreiteiro no decurso da obra.
Entretanto, aquando das cheias de 2000, em que as duas linhas ficaram paralisadas, a reposição da primeira, como solução provisória, levou cinco meses. Alguns meses depois foi possível fazer a reposição da segunda linha, porque ficou-se à espera que passasse a época das chuvas para fazer a intervenção.
O desafio, no presente caso, segundo o engenheiro Moisés Machava, director de Engenharia e Manutenção na HCB, foi criar condições para iniciar as obras de intervenção mesmo antes de terminar a época das chuvas. Por isso mesmo foi possível repor o fornecimento de energia em três meses.
O empreiteiro foi mobilizado a partir da RAS e para a reposição da linha também se recorreu ao uso de meios aéreos, nomeadamente helicópteros.
Segundo Machava, para além desta intervenção, a HCB está a desenhar um projecto para melhor proteger as infra-estruturas de transmissão de energia que estará em sintonia com a possibilidade já avançada pelo Executivo de construção de obras hidráulicas em vários cursos no percurso da linha de transmissão, uma das quais em Mapai.