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Zambezia – Prevenção das cheias e inundações: Maiores investimentos na construção de diques

Este apelo foi feito pelos membros da Assembleia Provincial da Zambézia, reunidos esta semana na sua VII Sessão Ordinária em Quelimane para discutir o plano de actividades e apreciar o informe do Executivo de Joaquim Veríssimo sobre o impacto das calamidades.

Reagindo ao relatório do Governo, o presidente da Assembleia Provincial, João Chacuamba, disse que o Executivo deve identificar novos assentamentos humanos e ajudar tecnicamente as famílias a construir casas com material que resiste às intempéries e estabelecer nova divisão administrativa.

João Chacuamba afirmou que não basta apenas identificar as zonas mas deve se acrescentar a monitoria permanente para aferir o grau de cumprimento das orientações de ter duas casas, sendo uma na zona segura para residência permanente e a outra na zona baixa para actividades agrícolas.

O presidente da Assembleia Provincial disse igualmente que o Governo deve criar nas novas zonas condições socioeconómicas que atraiam as pessoas a permanecer nelas, construindo e apetrechando escolas, unidades sanitárias, fontes de abastecimento de água, financiando actividades agrícolas e comerciais para aumentar as rendas das famílias.

“As condições socioeconómicas constituem uma premissa fundamental para reter as pessoas nas novas zonas e isso pode estimular o surgimento de novas iniciativas de desenvolvimento”, disse João Chacuamba perante membros do Executivo que, desta vez, devido à ausência do timoneiro da província foram dirigidos pela secretária permanente provincial, Claudina Mazalo.

A reabilitação da capacidade produtiva foi uma outra questão bastante debatida durante os trabalhos da VII sessão daquele órgão. A província da Zambézia precisa de mais de 15 milhões de meticais para a aquisição de semente diversa e instrumento de produção para distribuir aos produtores do sector familiar nos distritos mais afectados, nomeadamente Quelimane, Nicoadala, Namacurra, Milange e Maganja da Costa.

Zambezia - Prevenção das cheias e inundações: Maiores investimentos na construção de diques

Afectados recebem Talhões

Entretanto, o Governo diz que mais de 2200 talhões foram distribuídos pelas vítimas das cheias e inundações na província da Zambézia. De acordo com Claudina Mazalo, neste momento há um défice de 220 talhões para igual número de famílias e neste momento o Governo está a trabalhar na identificação de novos lugares seguros para demarcar e distribuir os talhões em falta.

Aquela governante disse também aos membros da Assembleia Provincial que o Governo está mobilizar a população para queimar tijolos para a construção de novas casas resistentes às chuvas e ventos. É, deste modo, que Claudina Mazalo pediu aos membros da Assembleia Provincial para que durante os trabalhos de fiscalização do programa do Governo possam transmitir a mensagem de construir casas robustas, com recurso ao tijolo queimado e outro material resistente.

Durante os debates os membros da Assembleia Provincial defenderam a rápida intervenção do Executivo na reabilitação e manutenção de estradas para o restabelecimento do trânsito rodoviário e normalização da assistência às famílias. Neste momento os distritos de Nicoadala, Namacurra e Maganja da Costa apresentam estradas muito degradadas que obstaculizam a assistência à população em produtos alimentares, medicamentos e programas de Educação e água.

Entretanto, as calamidades na província da Zambézia afectaram sete mil pessoas, destruíram mais de cinco mil casas, para além de danos incalculáveis nas estradas e outras infra-estruturas económicas e sociais.