Sociedade Saúde Vacina contra HIV: Primeiro teste realizado com sucesso em Moçambique

Vacina contra HIV: Primeiro teste realizado com sucesso em Moçambique

O estudo, feito por um consórcio que engloba pesquisadores de Moçambique, Reino Unido e Tanzânia  refere que “a vacina é segura”, mas, em breve, deverá ser realizada a segunda fase do teste da vacina para demonstrar a sua eficácia, refere a IRIN/PlusNews, uma agência de informação da ONU.

Moçambique recrutou 20 por cento da amostra dos 200 pacientes que participam no ensaio clínico que, no país, está a ser feito pelo Centro de Investigação de VIH e Saúde Pública da Polana-Caniço, em Maputo.

O ensaio clínico vai mostrar uma taxa de prevalência do HIV de, pelo menos, três por cento da população do bairro de Polana-Caniço, nos arredores da capital moçambicana, Maputo, permitindo “o mapeamento da área”, adianta a agência de informação das Nações Unidas.

Dados da Agência da ONU para a SIDA, ONUSIDA, indicam que Moçambique tem uma taxa de seroprevalência de 11 por cento nos adultos com idades entre 15 e 49 anos, de um universo de 23 milhões de moçambicanos.

Recomendado para si:  KaTembe: Jovem de 31 anos morre carbonizado após ataque de criminosos

Vacina contra HIV: Primeiro teste realizado com sucesso em Moçambique

O director-geral do Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, Ilesh Jani, considerou que os estudos, embora preliminares, marcam os primeiros passos importantes em direcção do reforço do ensaio clínico e a capacidade de pesquisa para doenças como o HIV e a malária, as principais causas de morte no país.

“Precisamos envolvermo-nos e assumir a liderança para encontrar as soluções, pois nós devemos estar no banco do motorista, não sentados na parte de trás do carro à espera de alguém para encontrar a resposta”, disse Ilesh Jani, citado pela IRIN/PlusNews.

O responsável admitiu que Moçambique “talvez” ainda não tenha capacidade de desenvolver esses produtos no laboratório, mas, assegurou, tem “a capacidade de testá-los e acelerar a descoberta”.

Ilesh Jani disse que, embora os testes não possam ser distribuídos gratuitamente no mercado, espera que os produtos testados pelo Centro de Investigação, cujos resultados sejam efectivos, sejam disponibilizados em países como Moçambique.