Nesta operação, de acordo com Inácio Mugabe, Director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas em Chókwè, estão envolvidas pelo menos 10 auto-combinadas que, até ao momento, já fizeram colheita do arroz, numa área superior a 300 hectares.
A ceifa está a ter lugar nas zonas agrícolas de Nwachicoloane, onde se nota a presença dos grandes agricultores com áreas que atingem entre 100 e 200 hectares, bem como em Massavasse.
Enquanto isso, em Muianga, a empresa Mocfer, está empenhada na colheita daquele cereal para que, na próxima temporada agrícola, seja garantida semente melhorada aos produtores.
Segundo a nossa fonte, trata-se de uma intervenção que tem estado a decorrer sem grandes sobressaltos, pelo facto de o trabalho estar a ser desenvolvido numa área relativamente mais pequena, propiciando assim ambiente para uma menor disputa de auto-combinadas para a ceifa.
Por seu turno, os produtores do sector familiar que, tradicionalmente, recorrem à ceifa manual, estão praticamente na fase conclusiva de colheita e na busca de melhores mercados para a comercialização do seu arroz, tendo em linha de conta as habituais inquietações porque passam para colocar a sua produção a preços justos.
Segunda Época para Salvar Descalabro
Tendo em vista, a recuperação do tempo e dinheiro perdidos devido ao drama imposto pelas cheias, os agricultores e governo do Chókwè, estão determinados a trabalhar nesta segunda época com todo o afinco, de forma a se relançar a actividade.
Para o efeito, para além dos trabalhos de tapamento dos rombos no canal geral realizados pela Hidráulica do Chókwè, empresa pública gestora do regadio local, de forma a se garantir a irrigação dos 4.000 hectares naquelas infra-estruturas, outros 16 mil hectares de milho, hortícolas, e feijões, serão feitos no distrito, havendo já disponibilidade financeira para o efeito. Tal financiamento, de acordo com a fonte, pode ser solicitada, dentre várias fontes, junto do Fundo de Fomento Agrário (FDA) e de outras linhas de financiamento na banca comercial.
Segundo nos garantiu Inácio Mugabe, Director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas do Chókwè, trata-se, essencialmente, de pacotes virados ao financiamento à produção de hortícolas e de cereais.
“Os agricultores do Chókwè sabem que podem contar com o financiamento da campanha, recorrendo à Cooperativa de Poupança do Limpopo, com modalidades simplificadas para a sua obtenção. Por isso temos que continuar com a nossa firmeza e determinação para salvar esta temporada agrícola, porque o que aconteceu, foi resultado de algo fora das nossas capacidades para contrariar. Resta-nos é levantar a cabeça e prosseguir com a coragem e firmeza que sempre nos caracterizaram nos momentos difíceis”, disse Mugabe.
Segundo o director dos Serviços Distritais de Actividades Económicas, as autoridades ainda irão disponibilizar, a título de crédito, um total de 10 moto-bombas e três tractores aos agricultores que trabalham na zona de sequeiro.
No quadro da ajuda aos produtores afectados pelas cheias, em Chókwè, o governo irá garantir sementes no âmbito da emergência, com especial destaque para o milho, feijão-manteiga e hortícolas diversas.