De acordo com a Rádio Moçambique, em relação ao Acordo Geral de Paz, a Renamo está preocupada com aquilo que considera falta de reintegração dos seus antigos guerrilheiros na Polícia.
Segundo o antigo movimento rebelde, o Governo alegou falta de condições financeiras para a conclusão do processo de integração que era financiado pela comunidade internacional, através das Nações Unidas.
Mas o Executivo considera que a Renamo não colaborou devidamente, porque queria continuar a usar os seus homens armados para ganhos políticos depois da formação do Exército único no âmbito do AGP.
No ponto relativo à Defesa e Segurança, a Renamo quer discutir com o Governo o que considera discriminação dos antigos guerrilheiros integrados nas Forças Armadas.
Para o partido de Afonso Dhlakama, os processos eleitorais iniciados em 1994 não têm sido livres nem transparentes porque os órgãos eleitorais são dirigidos por membros da Frelimo.
A Renamo considera que a economia do País é dominada por veteranos da Frelimo que partilham a riqueza nacional entre si, excluindo a maioria da população sobretudo os membros da oposição.
Para a Renamo, as instituições do Estado são prolongamentos das células da Frelimo que sempre agiram a favor do partido no poder.
Estas são preocupações que segundo o documento, levaram Dhlakama a voltar às matas de Gorongosa, província de Sofala, centro do país.
O Governo já criou uma comissão de diálogo chefiada pelo Ministro da Agricultura, José Pacheco e reiterou que está aberto para discutir todos os assuntos que forem colocados pela Renamo no espírito da preservação da paz e da democracia.