Gilad frisou que “o Sudão serviu de base operacional de Bin Laden”, que “o regime é apoiado pelo Irão e [o país] é um ponto de passagem de armas iranianas para os terroristas do Hamas e da Jihad islâmica, através do território egípcio”.
Para se apurar o que aconteceu ao certo é preciso algum tempo, acrescentou. Mas não respondeu quando foi questionado sobre o envolvimento de Israel no ataque à fábrica de armamento em Cartum, na noite de terça para quarta-feira. UM incidente que esteve na base de um incêndio em que morreram duas pessoas e outra ficou ferida.
Limitou-se antes a sublinhar que a aviação israelita é “uma das mais prestigiadas do mundo e isso foi provado várias vezes no passado”. Além disso sustentou que “há diferentes versões do lado sudanês” sobre o sucedido e, por isso, “não há razões para entrar em detalhes”.
No dia anterior, o ministro da Informação sudanês, Ahmed Bilal Osman, tinha dito que o ataque fora da responsabilidade de quatro aviões vindos de Leste. “Achámos que foi um bombardeamento de Israel”, afirmou numa conferência de imprensa em Cartum, adiantando que o Sudão está “no direito de reagir” ao ataque na altura e no local que entender.
À televisão Al-Jazira, Osman acrescentou que nos escombros da fábrica foram encontradas provas, como alguns mísseis que não chegaram a explodir, de que se trata de um ataque israelita. “As pessoas viram-no com os próprios olhos: quatro aviões a virem de Leste. E não temos outro inimigo que não Israel.”