Um novo balanço divulgado pelo Ministério da Defesa do Camboja indica que os confrontos com a Tailândia resultaram na morte de pelo menos 32 pessoas.
Dentre as vítimas, encontram-se cinco soldados e oito civis, enquanto mais de 35 mil indivíduos foram forçados a abandonar as suas residências nas zonas limítrofes.
A Tailândia, por sua vez, reportou um total de 18 mortos, incluindo 13 civis e cinco soldados, e um alarmante número de mais de 138 mil deslocados. Segundo o Ministério da Saúde tailandês, cerca de 58 mil pessoas estão a ser abrigadas em centros temporários nas quatro províncias fronteiriças afectadas pelos confrontos.
Na sexta-feira, o Camboja fez um apelo urgente por um cessar-fogo imediato e incondicional durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, focada na escalada de violência entre os dois países vizinhos. Os governos tailandês e cambojano analisavam uma proposta de cessar-fogo apresentada pela Malásia, enquanto os combates continuavam em diversas áreas da fronteira, já no segundo dia.
Chhea Keo, embaixador do Camboja na ONU, revelou que o Conselho de Segurança exortou ambas as partes a exercer contenção e a buscar uma solução diplomática. A disputa territorial entre o Camboja e a Tailândia tem vindo a gerar um nível de violência sem precedentes desde 2011, envolvendo o uso de aviões de caça, tanques, tropas terrestres e artilharia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia manifestou a sua concordância, em princípio, com a proposta de cessar-fogo sugerida pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Contudo, o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, acusou a Tailândia de violar o acordo de cessar-fogo.