Gavin Dalgleish, CEO da Vision Sugar Holdings, uma empresa agroindustrial sul-africana, confirmou que a empresa está em vias de adquirir as companhias açucareiras Xinavane e Mafambisse, situadas nas províncias de Sofala e Maputo, respectivamente.
Actualmente, ambas as companhias estão sob a gestão da Tongaat Hulett Açucar, uma subsidiária da sul-africana Tongaat Hulett. Esta última detém 85 por cento das acções da Mafambisse e 88 por cento da Xinavane, com o restante das acções pertencentes ao governo moçambicano.
A aquisição representa um investimento significativo, que abrange não apenas a compra das empresas, mas também o desenvolvimento das operações, incluindo os campos de produção. A Autoridade Reguladora da Concorrência de Moçambique (ARC) avaliou a transacção e concluiu que não haverá alteração na concentração do mercado relevante.
Dalgleish foi acompanhado por outros accionistas durante a sua visita a Moçambique, que ocorreu no âmbito de uma tour de engajamento com partes interessadas da região. Ele sublinhou que a visita reflete o compromisso da Vision Sugar em dialogar, estabilizar operações e estabelecer parcerias claras com o governo, comunidades e fornecedores.
“Os unidades de Xinavane e Mafambisse continuam plenamente operacionais, enquanto a Vision Sugar colabora de forma próxima com o governo e o Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), que mantém uma participação na empresa. Esta visita simboliza uma abordagem colaborativa para moldar o futuro da indústria açucareira em Moçambique, alicerçada na propriedade africana, responsabilidade e um compromisso de longo prazo com o desenvolvimento económico rural”, afirmou.
Embora Dalgleish não tenha divulgado o montante investido na aquisição das plantações e das fábricas moçambicanas, nem os ganhos de capital da operação, dados da ARC indicam que a empresa que detém a maior parte do capital social da Vision Investments é a empresa registada em Maurício, Remoggo.
“Temos de ser totalmente transparentes quanto ao nosso objectivo de lucrar neste negócio para todos. Se não tivermos lucro, o negócio colapsa. Quando obtivermos lucro, realizaremos todas as iniciativas necessárias enquanto empresa”, concluiu Dalgleish, conforme citado pela imprensa sul-africana.