A província de Nampula, localizada no norte de Moçambique, recebeu um orçamento de 21,1 mil milhões de meticais, equivalente a aproximadamente 335 milhões de dólares norte-americanos.
Este montante foi oficializado na última sessão do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado e é considerado manifestamente inferior ao necessário para garantir um funcionamento adequado da região.
Graciano Francisco, porta-voz da sétima sessão do Conselho e director de Economia e Finanças, expressou a sua preocupação com a actual situação económica. Em conferência de imprensa, Francisco explicou que o orçamento atribuído à província resulta de uma contenção orçamental, decorrente da estagnação do crescimento económico, que tem levado a uma substancial redução das dotações para despesas.
O director enfatizou ainda a urgência de a província recuperar das destruições causadas por manifestações violentas e pelos ciclones que afectaram a região na última época chuvosa. “É imperativo que prestemos maior atenção aos distritos que mais sofreram, onde muitos administradores estão afastados das suas residências e gabinetes devido a actos de vandalismo”, sublinhou.
Relativamente à produção global, Francisco reiterou o objectivo de um crescimento de 8,8 por cento, prevendo um aumento de cerca de 2,4 por cento na agricultura. Este crescimento deverá ser acompanhado pela criação de mais de 70 mil postos de trabalho, com prioridade para os jovens, e pela arrecadação de receitas que possibilitem financiar a despesa pública.
Durante a sessão, Américo Barata, delegado provincial do Instituto Nacional de Saúde (INS), abordou a questão da febre tifoide, esclarecendo que a província não está a enfrentar uma epidemia da doença, desmentindo rumores que geraram apreensão na população.