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Montepuez Ruby Mining investe mais de 70 milhões de dólares para triplicar produção em Cabo Delgado

A Montepuez Ruby Mining (MRM), que opera na localidade de Namanhumbir, no distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, anunciou a intenção de triplicar as suas actividades de processamento com um investimento de 70,3 milhões de dólares.

A MRM é detida em 75% pela empresa britânica Gemfields e em 25% pelo seu parceiro moçambicano, Mwiriti Limitada. De acordo com uma fonte da Gemfields, entrevistada pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), o processamento poderá atingir 600 toneladas por hora, resultado da construção da segunda unidade de processamento de rubis, designada PP2.

Esta iniciativa é considerada fundamental para aumentar a produção de rubis de alta qualidade e gerar receitas adicionais para o grupo até ao final de 2025. A conclusão do projecto de construção está prevista para o final do primeiro semestre do presente ano.

A nova unidade, PP2, funcionará como uma unidade de processamento secundário, permitindo o tratamento simultâneo de uma maior quantidade de minério. Com esta adição, espera-se que a capacidade de processamento da MRM triplique, passando das actuais 200 toneladas por hora para 600 toneladas por hora, facilitando o tratamento do stock existente e a disponibilização no mercado de rubis com variações adicionais em tamanho e cor.

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Adicionalmente, a instalação desta unidade abre portas à possibilidade de expansão para outras áreas mineiras dentro da concessão da MRM, que actualmente emprega 1.300 trabalhadores, dos quais 94% são moçambicanos.

Prahalad Kumar Singh, director-geral da MRM, sublinhou que “o investimento na PP2 é o maior já realizado pelo grupo Gemfields e representa o nosso compromisso contínuo com a província de Cabo Delgado, com Moçambique e com as comunidades locais, para as quais a criação de empregos adicionais e o desenvolvimento económico são de vital importância”.

A empresa indicou que o investimento totaliza 70 milhões de dólares, excluindo impostos e taxas, dos quais 60 milhões já foram aplicados, com planos para expandir o portfólio mineiro até 2026.

Quando totalmente operacional, a nova planta de processamento “espera-se que triplique a taxa de processamento e consequentemente aumente significativamente a produção de rubis e a receita” proveniente da mina moçambicana, numa altura em que se prevê que o mercado de pedras preciosas coloridas “recupere e continue a sua trajectória ascendente a médio–longo prazo”.

Desde que a Gemfields adquiriu 75% da MRM em Fevereiro de 2012, com leilões de rubis a começarem dois anos depois, a mina acumulou receitas superiores a 1.172 milhões de dólares, tendo pago 285,5 milhões ao Estado moçambicano.