A Grindrod Mauritius (GMU), empresa já accionista maioritária, vai assumir o controlo exclusivo do Terminal de Carvão da Matola (TCM). Esta mudança ocorre após a compra de 35% das participações que eram detidas pela Vitol Mauritius Limited (VML).
A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) de Moçambique não se opôs à operação de concentração. No entanto, a ARC expressou preocupações sobre os riscos significativos para a concorrência nos mercados relacionados.
A TCM detém uma posição dominante nos terminais de carvão da Matola e de Maputo, e existe a possibilidade de a GMU adoptar uma estratégia de “encerramento ao acesso a factores produtivos essenciais” (input foreclosure). Isso significa que a Grindrod poderia restringir o acesso de concorrentes às infraestruturas portuárias operadas pelo TCM.
Segundo a ARC, este risco surge da integração vertical existente entre as actividades do Grupo Grindrod (através das suas subsidiárias) e as actividades do Terminal de Carvão da Matola. A ARC teme que esta situação possa levar a um favorecimento das empresas do Grupo Grindrod em detrimento de concorrentes independentes no mercado.
Anteriormente, a GMU e a VML detinham o controlo conjunto do TCM, com 65% e 35% das participações, respectivamente. Com esta aquisição, a Grindrod Mauritius consolida a sua posição como única controladora do terminal.