O governo israelita anunciou a aprovação de planos para uma nova e intensiva ofensiva militar, com o objectivo de ocupar toda a Faixa de Gaza.
Este plano, já ratificado pelo gabinete de segurança, prevê uma operação gradual que se estenderá ao longo de vários meses.
Diferentemente das estratégias anteriores, que se limitavam a raides pontuais seguidos de retiradas, as forças israelitas agora intensificarão os seus esforços para garantir o controlo total do enclave, tendo como meta a derrota definitiva do Hamas. Para tal, estão a ser mobilizados dezenas de milhares de reservistas.
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu descreveu a operação como “intensiva” e afirmou que a população palestiniana “será transferida para a sua própria protecção”, sem fornecer pormenores adicionais sobre como será feita essa transferência. Fontes oficiais indicaram que os civis serão realojados na zona de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e que empresas privadas estarão encarregadas da distribuição de ajuda humanitária.
Embora o governo sustente que esta ação não se configurará como uma ocupação permanente, aliados da extrema-direita de Netanyahu manifestaram o seu entusiasmo. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, um ultranacionalista, expressou o seu contentamento, afirmando: “Vamos finalmente conquistar Gaza. Perdemos o medo de usar a palavra ‘ocupação’”.
Entretanto, uma fonte governamental revelou que a visita do presidente norte-americano, Donald Trump, à região na próxima semana poderá criar uma última “janela de oportunidade” para alcançar um acordo de cessar-fogo, que evite a escalada do conflito.
Receba vagas no seu WhatsApp
Siga o nosso canal do WhatsApp para receber vagas no status do WhatsApp.