O Governo dos Estados Unidos afastou recentemente dois altos responsáveis de segurança da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), após estes se recusarem a entregar material confidencial ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo bilionário Elon Musk.
A informação foi avançada no domingo pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), que citou fontes anónimas, nomeadamente um atual e um ex-funcionário do Governo.
Segundo a AP, os membros do DOGE obtiveram finalmente acesso a informações confidenciais da USAID, que incluem relatórios de serviços secretos, após uma solicitação que lhes tinha anteriormente sido negada. O acesso foi concedido no sábado, mas a equipa de inspecção do DOGE, que não possuía uma autorização de segurança adequada, estava legalmente impedida de receber aquela informação.
Os responsáveis da segurança da USAID, John Vorhees, o director, e Brian McGill, o seu adjunto, foram forçados a negar o acesso ao DOGE, tendo ambos sido colocados de licença conforme revelado pelas fontes da AP.
É importante frisar que o DOGE, apesar de não fazer parte da estrutura governamental tradicional, foi estabelecido pelo actual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a missão de identificar formas de reduzir custos na administração pública.
Este incidente ocorre num contexto mais amplo de investigações e operações do DOGE, que no dia anterior já tinha realizado uma ação semelhante no Departamento do Tesouro.
Nesta operação, o DOGE conseguiu acesso a dados sensíveis relacionados com sistemas de atribuição de fundos e pagamentos, abrangendo clientes da Segurança Social e do Medicare, o sistema de seguros de saúde destinado a cidadãos com mais de 65 anos.
Além disso, o jornal Washington Post noticiou que o vice-secretário interino do Tesouro, David Lebryk, se demitiu após mais de 30 anos de serviço, numa reacção ao pedido do DOGE por acesso a informações confidenciais do departamento.

















