A tranquilidade do distrito de Inhassunge, na província da Zambézia, foi abruptamente abalada após o assassinato do Presidente da Comissão Distrital de Eleições (CDE), Luís Joaquim Salimo, que foi espancado até à morte por membros da população em um contexto de protestos tumultuosos.
De acordo com informações divulgadas pelo Canalmoz, o incidente ocorreu durante uma série de rusgas que visavam capturar agentes da polícia e membros destacados do partido Frelimo, incluindo o administrador do distrito. Relatos indicam que, durante o dia, um grupo de manifestantes terá sido alvo de disparos por parte da polícia, aumentando a tensão na região.
O corpo de Salimo foi encontrado em sua residência, onde era acusado de ser o principal responsável por alegações de fraude eleitoral.
A fúria popular não se limitou a esse ato, uma vez que o comando distrital da polícia e uma viatura policial também foram incendiados, reflectindo o descontentamento generalizado da população.
No rescaldo destes acontecimentos, o comandante distrital da polícia, o administrador e o primeiro secretário do partido Frelimo fugiram para evitar a ira dos manifestantes. Em uma ousada demonstração de revolta, os cidadãos conseguiram abrir as celas da prisão local, libertando a maioria dos detidos, muitos dos quais eram manifestantes.