Um bombardeamento israelita direccionado a tendas de deslocados no hospital Mártires de Al Aqsa, localizado em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, resultou na morte de pelo menos três pessoas e deixou outras 40 feridas, conforme reportado pelo governo do Hamas na região.
Este ataque aéreo representa o sétimo bombardeamento contra as instalações hospitalares, segundo as autoridades de Gaza. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram, através de um comunicado, que realizaram um “ataque direccionado a terroristas” que, segundo alegações, operavam um centro de comando dentro do hospital.
Na nota emitida pelas IDF, foi afirmado que o hospital era “utilizado pelos terroristas do Hamas para planear e executar ataques terroristas contra as IDF e o Estado de Israel.” Esta justificativa é frequentemente repetida pelas forças israelitas quando realizam ataques a infraestruturas civis em Gaza.
O bombardeamento ocorreu pouco tempo após um ataque israelita à escola Mufti, também situada no campo de refugiados de Nuseirat, que resultou na morte de mais de 20 pessoas e deixou dezenas de feridos, de acordo com relatos de meios de comunicação palestinianos.
O Hamas denunciou este ataque como um “massacre horrível” e criticou Israel, afirmando que este país não teria continuado a sua ofensiva em Gaza ou a expandido para o sul do Líbano sem o apoio dos Estados Unidos e o “silêncio internacional.”
Desde o início da nova ofensiva terrestre de Israel na região, que iniciou a 6 de Outubro, o governo do Hamas na Faixa de Gaza reportou que mais de 300 pessoas morreram no norte do enclave em ataques israelitas.
Desde o início do conflito em Gaza, há um ano, mais de 42.200 pessoas foram mortas e cerca de 98.400 ficaram feridas, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde de Gaza.