O Banco de Moçambique confirmou que está a custodiar cerca de 7 milhões de dólares devolvidos por Manuel Chang há mais de um ano.
O governador do Banco Central, Rogério Zandamela, sublinhou a importância de celebrar a recente decisão do Tribunal de Londres, que determinou que Moçambique receberá mais de 2 mil milhões de dólares no âmbito do caso das dívidas ocultas.
Para Zandamela, o veredicto do tribunal britânico representa uma vitória significativa para o país e deve ser motivo de regozijo. “Este é um momento de celebração, de desejar que tudo corra bem. Nada é fácil. Não se desenvolve um país com facilidade”, afirmou o governador, ao refutar os receios de que o montante não chegue aos cofres do Estado.
O governador expressou confiança de que a verba será finalmente transferida para Moçambique, e destacou a necessidade de reconhecer os esforços que permitiram esta conquista. “Devemos celebrar com fé que esse dinheiro vai entrar. É importante valorizar as vitórias que alcançamos e deixar de lado a ideia de que as coisas boas não acontecem porque somos incompetentes”, acrescentou.
Em relação aos 7 milhões de dólares devolvidos por Manuel Chang, Zandamela confirmou que o montante já se encontra em posse do Banco de Moçambique desde o ano passado, aguardando uma decisão final da Procuradoria e dos tribunais.
“Estamos a custodiar esse valor há bastante tempo, desde 2023. O dinheiro está seguro connosco até que as autoridades decidam o seu destino”, explicou.
Quando questionado sobre a possibilidade de outros valores terem sido recuperados dos acusados no processo das dívidas não declaradas, o governador preferiu não fazer comentários adicionais.