Fabiola Yáñez, ex-primeira-dama, revelou detalhes perturbadores de anos de agressões sofridas às mãos de Alberto Fernández.
O ex-Presidente argentino, Alberto Fernández, de 65 anos, foi formalmente acusado pelo Ministério Público de cometer crimes de violência doméstica contra a sua ex-mulher, Fabiola Yáñez, que foi primeira-dama durante o seu mandato. Fernández, no entanto, nega categoricamente todas as acusações.
“Estou a ser acusado de algo que não fiz. Nunca bati em Fabiola, nem em qualquer outra mulher”, declarou Fernández ao jornal espanhol ‘El País’.
Fabiola Yáñez, actualmente com 43 anos, prestou depoimento através de uma audiência virtual no consulado argentino em Madrid, onde reside com o filho de ambos, de apenas dois anos. Durante o seu testemunho, Yáñez descreveu episódios de violência extrema, afirmando que viveu num “inferno” durante o casamento. A ex-primeira-dama chegou mesmo a acusar o ex-marido de a ter forçado a abortar, revelando um episódio particularmente grave: “Ele sabia que eu estava grávida e, mesmo assim, deu-me um pontapé na barriga”, confidenciou Yáñez numa conversa com a antiga secretária de Alberto Fernández.
Além das agressões físicas, Fabiola Yáñez também afirmou ter sido vítima de “assédio telefónico e terrorismo psicológico” por parte de Fernández. Segundo ela, embora “muitas pessoas” estivessem cientes da situação, incluindo o médico presidencial, que teria encoberto os abusos, ela nunca recebeu a ajuda necessária.
O caso ganhou grande repercussão na Argentina após o portal de notícias Infobae divulgar imagens de Yáñez com marcas no braço e no rosto, bem como conversas comprometedoras que envolvem o ex-Presidente. Em resposta às revelações, um juiz argentino determinou o reforço da protecção de Fabiola Yáñez em Espanha e proibiu Alberto Fernández de deixar a Argentina.