Após a passagem da tempestade Filipo, a marginal de Vilankulo, uma das principais atracções turísticas da cidade, encontra-se totalmente degradada.
A edilidade reconhece a gravidade da situação, mas dispõe de apenas 40 mil meticais, valor muito abaixo do necessário para as reparações.
Em Março deste ano, a tempestade Filipo atingiu a província de Inhambane, afectando severamente vários distritos, com destaque para Vilankulo. Os ventos fortes combinados com a maré alta destruíram a marginal, abriram crateras e derrubaram árvores que serviam de protecção ao local.
Três meses após o impacto da tempestade, a marginal de Vilankulo continua na mesma situação, com árvores caídas, crateras enormes e lixo acumulado. Os residentes da área lamentam o cenário desolador, temendo que a situação possa piorar nos próximos dias.
A destruição da marginal colocou várias casas em risco e acabou com a actividade comercial de muitas famílias que utilizavam o local para vender comidas e bebidas aos turistas. Com a marginal destruída, o fluxo de visitantes diminuiu drasticamente, afectando a renda de diversas famílias.
Em alguns trechos da marginal, apenas veículos com tração nas quatro rodas conseguem transitar, pois as águas do mar levaram toda a areia, tornando o local intransitável. Quem não possui um veículo apropriado é obrigado a fazer um desvio de mais de 2 quilómetros.
O edil de Vilankulo, Quinito Vilanculos, reconhece a gravidade do problema, mas admite que ainda não tem uma solução definitiva. Ele afirmou que a edilidade tentou todas as vias possíveis, recebendo apenas promessas em resposta. Até agora, o município conseguiu arrecadar apenas 40 mil meticais, fruto das contribuições dos munícipes. A campanha de arrecadação começou no final de Março deste ano e até o dia 30 de Junho tinha atingido esse montante.
Quinito Vilankulo admite que o valor é insignificante diante da dimensão do problema e esclarece que a edilidade continuará a buscar financiamento para a reabilitação da marginal.
