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Moçambique e Zâmbia planeiam fronteira de paragem única funcionando 24 horas por dia

Moçambique e Zâmbia estão próximos de implementar uma fronteira de paragem única que funcionará 24 horas por dia, visando impulsionar o dinamismo no comércio e nos negócios entre os dois países.

A notícia foi anunciada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, durante uma conferência de imprensa no sábado à noite, após sua visita de três dias ao país vizinho.

A fronteira, inicialmente pilotada entre Chanida, do lado zambiano, e Cassacatiza, do lado moçambicano, está projectada para facilitar um fluxo contínuo de actividades comerciais.

“Decidimos acelerar a construção de postos fronteiriços de paragem única, porque a economia zambiana é muito dinâmica e queremos desenvolver nossos portos como ponto de partida,” afirmou o Chefe de Estado moçambicano.

Embora o memorando de entendimento para o projecto não tenha sido assinado durante esta visita, Nyusi explicou que Moçambique prefere proceder com cautela e de maneira ponderada.

“Podíamos ter assinado o memorando agora, mas preferimos fazer as coisas correctamente, sem precipitações,” acrescentou Nyusi, indicando que a assinatura está prevista para breve.

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Outro projecto estratégico discutido foi a construção de portos secos, destinados a melhorar o transporte ferroviário. Esses portos são particularmente vitais para a Zâmbia, um país sem litoral, que busca estratégias para tornar suas mercadorias mais competitivas através da redução dos custos de transporte.

“A implementação de portos secos permitirá armazenar mercadorias em pequenas quantidades e, quando houver volume suficiente, mobilizar trens para transportar toda a carga, reduzindo significativamente os custos de transporte,” explicou Nyusi.

Além disso, a visita incluiu discussões sobre o aumento do fornecimento de energia eléctrica para a Zâmbia, com investimentos planeados para a construção de uma interligação eléctrica entre os dois países.

Nyusi destacou ainda o potencial de cooperação na exploração de recursos minerais e na gestão conjunta dos recursos hídricos, resumindo sua primeira visita à Zâmbia como extremamente positiva e produtiva.