Até ao final do próximo ano, o país receberá 300 autocarros de transporte público movidos a electricidade. O memorando de entendimento que viabiliza este projecto foi assinado ontem entre a METROBUS e a Corporação Financeira Internacional.
Esta nova frota, que deverá estar completa até ao final de 2025, será gerida pela empresa privada de transportes rodoviários e ferroviários, METROBUS, com financiamento assegurado pela Corporação Financeira Internacional, uma entidade ligada ao Banco Mundial.
Embora a quantia do investimento não tenha sido divulgada, o governo compromete-se a garantir a concretização dos projectos, que poderão ser replicados nos próximos anos em outras regiões do país, além da Cidade e Província de Maputo.
“O financiamento e as garantias necessárias para que este projecto se realize estão integrados no nosso plano de mobilidade para a área metropolitana do Grande Maputo. Este plano inclui concessões de longo prazo, cujo modelo está em estudo e desenvolvimento para aplicação em Maputo e em outras partes do país,” explicou Amilton Alissone, vice-ministro dos Transportes e Comunicações.
Amad Camal, CEO da Sir Motor, empresa proprietária da METROBUS, afirmou que o projecto já está em andamento e o financiamento obtido permitirá aumentar a frota. “Em Outubro, irão chegar 10 autocarros de 18 metros, pagos pela METROBUS, e a mesma operação será repetida em Fevereiro. Estes primeiros veículos são apenas o início, pois o contrato programa prevê a chegada de 300 autocarros,” garantiu Camal.
Com esta iniciativa, o país passa a integrar a lista de utilizadores de energias limpas no transporte público. Os centros de carregamento dos autocarros começarão a ser instalados a partir de Julho do próximo ano.
Com a entrada em operação destes novos veículos, a METROBUS planeia lançar novas rotas para melhorar o transporte no norte de Maputo, aumentando a capacidade de transporte, que actualmente é de 12 mil passageiros por dia.