A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, reconheceu o bom desempenho da economia moçambicana durante uma reunião com o Presidente Filipe Nyusi, em Washington.
Ela destacou a situação fiscal reforçada, o crescimento económico em alta e a inflação em baixa, além da robustez das reservas do país.
Kristalina Georgieva, que se encontrou com Nyusi por mais de 30 minutos na sede do FMI, elogiou ainda a construção de instituições fortes e a implementação de boas políticas, resultado desse desempenho económico positivo.
Nyusi estava em Washington para participar na conferência internacional em defesa da Floresta do Miombo, após o encerramento do evento, onde se discutiu a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável em países da África Austral.
O FMI havia aprovado uma nova tranche de assistência a Moçambique em janeiro, no valor de 60,7 milhões de dólares, como parte do Programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF). Esta terceira avaliação do programa destacou o cumprimento de vários indicadores de referência estruturais e quantitativos, apesar de alguns desafios.
O programa ECF, que foi iniciado em maio de 2022, tem como objetivo principal apoiar a recuperação económica de Moçambique, reduzir a dívida pública e promover um crescimento inclusivo através de reformas estruturais.
O diretor executivo adjunto do FMI, Bo Li, ressaltou a importância de medidas contínuas para garantir a disciplina fiscal e melhorar a mobilização de receitas, especialmente diante dos desafios representados pela alta dívida do país e pelas condições de financiamento restritas.
No entanto, ele também reconheceu os esforços do governo moçambicano na reforma fiscal e na gestão monetária, destacando a necessidade de uma política monetária mais flexível, dada a estabilidade das expectativas de inflação e a reconstrução das reservas cambiais.