O Banco de Moçambique (BM) expressou preocupação com a trajetória ascendente da dívida pública interna do país, que atingiu 320,6 mil milhões de meticais (cerca de 5,02 mil milhões de dólares).
O valor representa um aumento de 8,3 mil milhões de meticais em apenas um mês, após ter se fixado em 312,3 mil milhões em Dezembro de 2023.
O alerta foi feito pelo Governador do Banco Central, Rogério Zandamela, após a primeira reunião do Comité da Política Monetária. Zandamela destacou que a pressão sobre o endividamento público interno permanece elevada.
O Banco de Moçambique está a aconselhar o governo sobre a racionalização da despesa pública em linha com o desempenho fiscal do país.
Em 2023, o saldo corrente da dívida pública moçambicana rondava os 14,4 mil milhões de dólares norte-americanos, sendo 30% da dívida interna e 70% da dívida externa.
O governo garante ter uma estratégia para gerir a dívida pública, assegurando que o endividamento seja feito com o mínimo custo e a um nível prudencial de risco.
Estudos indicam que o endividamento público atingiu um nível insustentável, e que a economia não tem conseguido traduzir o seu crescimento em um bom desempenho macroeconómico.
O grande desafio é fazer com que o crescimento da economia se traduza em um desenvolvimento amplo e beneficie a população.
Para reduzir a dívida pública, o governo precisa aumentar a receita fiscal, reduzir as despesas públicas e buscar soluções inovadoras de financiamento.
A alta da dívida pública pode levar a várias consequências negativas, como a necessidade de aumentar os impostos, a redução do investimento público e a perda de confiança dos investidores.
É importante que o governo tome medidas para controlar a dívida pública e garantir a sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo.