A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) exigiu a operacionalização da brigada anti-raptos, cuja criação foi anunciada em 2020, para estancar este tipo de crime.
A exigência foi feita pelo porta-voz do encontro, Zuneid Calumias, depois do encontro que o Corpo Directivo da CTA manteve com as associações económicas nacionais.
Calumias disse que a situação preocupa os empresários, dado que estes têm sido os principais alvos dos raptos.
“Os empresários estão a sentir-se inseguros e isso está a ter um impacto negativo na economia do país”, disse Calumias.
A CTA diz estar em contínua interacção com o Executivo no quadro do combate aos raptos, mas reconhece que a fraca resposta da polícia está a contribuir para a saída de empresários para outros países.
“A polícia precisa de agir com mais eficácia para deter os criminosos e proteger os cidadãos”, disse Calumias.
O outro porta-voz do encontro, Adelino Buque, apelou à Polícia da República de Moçambique (PRM) e aos órgãos de comunicação social para evitarem o uso da expressão “cidadão de origem asiática” para se referirem às vítimas de raptos.
Buque disse que esta expressão é discriminatória e pode levar ao aumento da xenofobia.
Depois das discussões entre a Direcção da CTA e as associações económicas em torno dos raptos de empresários, vão ser produzidas propostas de solução para este tipo de crime, que deverão ser submetidas ao governo.