Internacional Mobilizados mais meios para as buscas pelo submersível Titan

Mobilizados mais meios para as buscas pelo submersível Titan

A Guarda Costeira dos Estados Unidos mobilizou mais navios e outras embarcações, com apoio já de autoridades estrangeiras, para localizar o submersível que desapareceu quando transportava cinco pessoas até junto dos destroços do Titanic.

Na quarta-feira, um navio de vigilância canadiano detetou novamente ruídos subaquáticos na área onde as equipas de resgate estão a procurar o submersível. A questão é que, embora as autoridades procurarem numa área mais definida, a localização exata e a origem dos sons ainda não foram determinadas.

“Esta é uma missão de busca e salvamento (…). Continuaremos a colocar todos os recursos disponíveis que temos num esforço para encontrar o Titan e os membros da tripulação”, sublinhou o capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, citado pela agência Associated Press (AP).

Frederick destacou ainda que os ruídos foram ouvidos pelo segundo dia consecutivo, durante as buscas, mas as autoridades não sabem o que são.

Embora os cálculos indiquem que as reservas de 96 horas de oxigénio estejam prestes a acabar, os especialistas garantem se trata de uma estimativa imprecisa e pode ser prolongada se os passageiros tomarem medidas para conservar o ar respirável.

Para reforçar as buscas, numa corrida contra o tempo, foram envidos para o local navios e equipamentos especializados dos EUA, do Reino Unido, do Canadá e de França. O Polar Prince – o navio de pesquisa que está perto do local de onde o Titan foi lançado – vai continuar a ser o centro de comando para as buscas. Há também vários veículos controlados remotamente (ROVs) equipados com câmaras a tentar mapear as profundezas do oceano naquela área.

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Dispositivo francês com braços mecânicos

As autoridades francesas também se juntaram à operação e mobilizaram um navio, o Atalante, que está munido de um veículo controlado remotamente que pode operar a profundidades de até quatro quilómetros. Este dispositivo pode fazer mapeamentos “relativamente reduzidos” com tecnologia sonar. E em caso de identificação do submarino desaparecido, poderá utilizar braços mecânicos para auxiliar nas operações de salvamento.

O Victor 6000, submersível operado pelo instituto de pesquisa francês Ifremer, chegou esta manhã à área das buscas. Vai rastrear a zona com equipas de dois pilotos que, em turnos de quatro horas, vão controlar o aparelho remotamente a bordo do navio Atalante.

As luzes e câmaras que o Victor 6000 tem a bordo permitirão que a equipa do navio veja em tempo real o que está no fundo do oceano. O submersível francês também possui dois braços mecânicos capazes de realizar manobras extremamente delicadas, como cortar ou remover detritos.

As forças de resgate afirmam que têm de continuar “otimistas e esperançosas”, mas o capitão que lidera as buscas também disse, à comunicação social, que continuam sem saber onde está o submersível. Mas depois de os aparelhos envolvidos terem detetados ruídos perto do local onde afundou o Titanic, o perímetro das buscas foi alargado.

A operação de salvamento no Atlântico Norte para recuperar o submersível com cinco ocupantes que desapareceu perto dos destroços do navio Titanic entrou, na quinta-feira, numa fase crítica porque as reservas de oxigénio podem esgotar-se nas próximas horas.