Moçambique começa, a partir de hoje, o seu mandato como membro não-permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o combate ao terrorismo está entre as prioridades na agenda, segundo fonte oficial.
Além de levar o combate contra o terrorismo à mesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, segundo o diplomata, Moçambique quer levantar o debate sobre a necessidade de uma reforma do órgão para inclusão das “preocupações africanas”.
“É necessário prestar atenção à reforma do Conselho de Segurança para reflectir as preocupações africanas, região que sofreu uma injustiça histórica”, defendeu Pedro Comissário, lembrando que o continente africano não tem nenhum membro permanente no órgão decisório da ONU.
Moçambique foi eleito membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para o período 2023-2024, a 9 de Junho do ano passado.
Este órgão, criado para manter a paz e a segurança internacionais em conformidade com os princípios das Nações Unidas, tem cinco membros permanentes – Estados Unidos da América, Rússia, França, Reino Unido e China – e dez membros não-permanentes.
Todos os anos, a Assembleia-Geral elege cinco de um total de dez membros não-permanentes, que nos termos de uma resolução da ONU são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa do Leste, dois da América Latina, dois da Europa Ocidental e outros Estados.
A eleição de Moçambique ocorre numa altura em que a insurgência armada na província de Cabo Delgado continua o principal desafio de segurança, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.