Destaque Última base da Renamo encerrada na Gorongosa

Última base da Renamo encerrada na Gorongosa

A principal base da Renamo, oposição, encerrou nesta segunda-feira, 19, na Gorongosa, colocando fim ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), que continua a enfrentar muita crítica e descontentamento dos guerrilheiros.

Os antigos combatentes admitem que muitas promessas continuam por se cumprir.

Este último capítulo abarcou 350 guerrilheiros, incluindo 50 mulheres, pondo fim ao processo que abrangeu mais de cinco mil guerrilheiros.

O enviado especial do Secretário-geral da ONU, Mirko Manzoni, que dirigiu o grupo de contacto do DDR, considerou o encerramento da base como “um ganho” para a democracia e elogiou o empenho e o compromisso das autoridades governamentais e da Renamo.

“É um bom resultado porque o compromisso era de que todos os ex-guerrilheiros deveriam regressar a casa para o natal deste ano”, com o encerramento das bases, disse Mirko Manzoni.

Entretanto, a Renamo continua a exigir o enquadramento dos guerrilheiros nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e no exército, além da fixação de pensões para os desmobilizados, uma insatisfação de milhares dos antigos guerrilheiros que tem elevado o descontentamento sobre o processo.

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Por seu lado, Mirko Manzoni classificou a insatisfação como “uma polémica sem fundamento” e considerou que “não podemos integrar na polícia pessoas que tem 60 anos, temos que integrar pessoas que respeitam critérios mínimos, como a idade, a saúde”.

Ele realçou que muitos dos ex-guerrilheiros estão fora de padrão de integração, mas disse estar em discussão a possibilidade de integração dos filhos dos combatentes nas FDS.