Destaque Município de Maputo desiste do Projecto BRT

Município de Maputo desiste do Projecto BRT

Eneas Comiche diz que a edilidade da capital do país já não vai implementar o projecto BRT, alegando estar em desuso nos países pioneiros.

Segundo o Diário Económico, como alternativa, o edil revelou que os 16 mil milhões de meticais disponibilizados pelo Banco Mundial serão aplicados na ampliação das vias urbanas e periféricas e criação de faixas dedicadas aos transportes públicos.

“O BRT, hoje em dia, ultrapassou aquilo que são as experiências vividas nos outros países. Há vias que poderão ser ampliadas porque, nas condições actuais, não há uma estrada dedicada aos transportes colectivos. E temos de a ter”, disse Eneas Comiche.

Assim, para o projecto de ampliação e criação de faixas dedicadas aos transportes públicos, Eneas Comiche informou que houve reuniões de concertação com os parceiros para aplicação do valor no actual projecto a ser executado em cinco anos.

“Este é um grande investimento que esperamos que comece, mas vai ser para além do meu mandato”, garantiu o edil da capital do País.

Há três meses, o Conselho Municipal de Maputo havia garantido que as obras para a implementação do projecto Bus Rapid Transit (BRT), na Região Metropolitana da Grande Maputo, deveriam arrancar em Setembro do próximo ano.

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O plano previa a construção de faixas exclusivas para autocarros articulados de transporte público, para melhorar a mobilidade.

A execução do projecto estava orçada em 250 milhões de dólares, cerca de 16 mil milhões de meticais, financiados pelo Banco Mundial. O vereador do Pelouro de Mobilidade, Transportes e Trânsito no Município de Maputo, José Nichols, revelou, na altura, que já havia sido identificado um corredor que iria ligar a Praça dos Trabalhadores, na Baixa, ao terminal da Matola-Gare, no município da Matola, e onde seriam introduzidas vias dedicadas de transporte.

O dirigente indicou que o funcionamento do BRT vai permitir o transporte diário de 104 mil pessoas. “Para além da construção de corredores, paragens e respectivos terminais, prevê-se a formação de funcionários municipais envolvidos no projecto”, disse.

Recorde-se que o Conselho Municipal de Maputo desenhou e previu o arranque das obras do Bus Rapid Transit em 2014. No entanto, a sua implementação falhou devido à suspeita de fraudes por parte da empreiteira contratada.