A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, detida pelo Estado moçambicano, admite a hipótese do país responder às crescentes necessidades de gás na Europa.
“Com a situação da guerra na Ucrânia, o mercado europeu aumentou a demanda no gás. Uma das formas de acelerar para que o nosso gás chegue aos mercados é usar uma segunda plataforma flutuante similar à que já está aqui em Moçambique”, disse o administrador executivo comercial da ENH, Pascoal Mocumbi Júnior, citado esta segunda-feira (25.07) pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Mocumbi Júnior afirmou que uma segunda plataforma flutuante de produção de gás natural liquefeito iria juntar-se a uma infraestrutura idêntica que já existe nas águas moçambicanas, caso o país tivesse que ser parte da solução para o défice energético provocado pela guerra Rússia-Ucrânia.
O tempo de construção de uma eventual segunda unidade flutuante seria de três anos, menos dois anos em relação ao tempo que durou a construção da unidade que já arrancou com o carregamento de hidrocarbonetos, como forma de ganhar tempo e acelerar a produção do gás, acrescentou.
“Com a quantidade de gás existente em Moçambique, o país, automaticamente, se posiciona como uma alternativa para suprir a necessidade existente atualmente, e quanto mais rápido o país conseguir colocar o seu gás no mercado, maior será a possibilidade de tirar vantagens da atual crise provocada pelo conflito Rússia-Ucrânia”, destacou.