Internacional Pelo menos 56 rebeldes sírios mortos em ataque aéreo russo

Pelo menos 56 rebeldes sírios mortos em ataque aéreo russo

Os ataques mataram “56 combatentes”, de acordo com uma nova avaliação fornecida por Rami Abdel Rahmane, director do OSDH, que inicialmente relatou 34 mortos.

O balanço de mortos ainda pode ser maior porque também há cerca de cem feridos e “alguns deles em estado crítico”, alertou.

Os ataques aéreos visavam uma posição ocupada pelo Faylaq al-Cham, uma facção de elementos sírios apoiados por Ancara, de acordo com o OSDH.

Este posto, no noroeste da província de Idlib, foi recentemente transformado num campo de treino e dezenas de combatentes, de acordo com Abdel Rahmane.

Seif al-Raad, porta-voz da Frente de Libertação Nacional – uma coligação de grupos rebeldes pró-turcos, incluindo Faylaq al-Cham – confirmou à agência de notícias AFP um ataque aéreo russo que deixou “pessoas mortas e feridos”, sem fornecer uma avaliação precisa.

Al-Raad também denunciou as “violações”, por parte da aviação russa e das forças do regime, da trégua negociada pela Turquia e pela Rússia, com “posições militares, aldeias e localidades continuamente alvejadas”.

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Os ‘jihadistas’ do Hayat Tahrir al-Cham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda) controlam quase metade da província de Idlib, mas também partes do território nas regiões vizinhas de Latakia, Hama e Aleppo.

Desencadeado em 2011 pela repressão de protestos pró-democracia, o conflito sírio cresceu em complexidade ao longo dos anos, envolvendo uma infinidade de potências estrangeiras e grupos armados.

A guerra na Síria matou mais de 380.000 vidas e resultou no deslocamento de vários milhões de pessoas.

A Rússia está a ajudar militarmente o governo sírio, enquanto a Turquia apoia certos grupos insurgentes em Idlib, o último grande reduto ‘jihadista’ e rebelde.

As duas potências externas negociaram repetidamente um cessar-fogo precário para o noroeste da Síria e uma trégua frágil permanece em vigor desde Março na área, apesar dos combates esporádicos.