Vários líderes africanos pediram durante o terceiro dia do encontro anual de líderes das Nações Unidas, ajuda para a sobrevivência das suas economias à pandemia de Covid-19.
Vários líderes africanos pediram esta quinta-feira, que foi o terceiro dia do encontro anual de líderes das Nações Unidas, ajuda para a sobrevivência das suas economias à pandemia de covid-19, que um chefe de Estado apelidou de “quinto cavaleiro do apocalipse”.
Durante as suas intervenções, chefes de Estado africanos destacaram a necessidade da libertação de recursos — em particular o cancelamento de dívidas — para combater a doença e o coronavírus que a provoca (SARS-CoV-2), assim como os seus efeitos em países afetados por condições endémicas, como a malária e o VIH.
Os países africanos estimam necessitar de 100 mil milhões de dólares (85,65 mil milhões de euros) anuais durante os próximos três anos e apontam que o valor é uma fração dos biliões de dólares que alguns países estão a utilizar para a recuperação das suas economias.
“Precisamos única e simplesmente de cancelar estas dívidas”, afirmou o Presidente do Níger, Issoufou Mahamadou, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP).
O Presidente da Costa do Marfim, país que apresentava um dos maiores crescimentos económicos no mundo antes da pandemia, pediu uma extensão das moratórias para as dívidas, assim como a emissão de direitos de saque especiais junto do Fundo Monetário Internacional.
“Apelo a todos os parceiros de África para que tomem medidas mais arrojadas”, disse Ouattara, assinalando que o combate à covid-19 e aos seus efeitos económicos representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do seu país.