O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês promete retribuir na mesma moeda e impor sanções aos Estados Unidos, bem como a cidadãos norte-americanos, avança o South China Morning Post, sem entrar em mais detalhes. No entanto, um especialista ouvido pelo jornal acredita que a resposta será semelhante às sanções tomadas contra quatro diplomatas norte-americanos no seguimento da polémica de Xinjiang, território onde a China é acusada de violar os direitos humanos contra a minoria muçulmana uigur. Pelo caminho, o ministério avisa que “os esforços dos Estados Unidos para impedir a implementação da segurança nacional de Hong Kong serão fúteis”.
“Pedimos aos EUA que corrijam os seus erros. Se seguirem obstinadamente esse caminho, a China dará uma resposta firme”, sublinhou, na sua resposta, o ministério. “Para defender os seus interesses legítimos, a China responderá conforme necessário e imporá sanções aos indivíduos e entidades americanos relevantes.”
Na terça-feira, Donald Trump assinou nova legislação que, entre outras medidas, penaliza bancos que mantenham negócios com autoridades chinesas que tenham implementado a nova lei de segurança. Para além disso, Hong Kong perde o seu estatuto especial.
“Hong Kong agora será tratado da mesma forma que a China continental”, anunciou o presidente norte-americano. “Esta lei concede à minha administração novas ferramentas poderosas para responsabilizar os indivíduos e as entidades envolvidas na extinção da liberdade de Hong Kong.”