A Place de la République, em Paris, ficou mergulhada em oito minutos e 46 segundos de silêncio. Foi o tempo que George Floyd passou debaixo do joelho do polícia Derek Chauvin, em Mineápolis, nos Estados Unidos, antes de morrer.
Esta vigília lembrou que os casos de racismo e violência policial também acontecem em França e foi organizada pela SOS Racisme.
Os manifestantes fizeram um paralelo entre a morte de Floyd e a de Adama Traoré, um negro de 24 anos que morreu sob custódia policial há quatro anos.
O caso Floyd relançou o debate sobre a violência perpetrada por aqueles que supostamente deveriam proteger o cidadão.
“Ouvimos na televisão e noutros meios os políticos e muitas pessoas dizer que é um problema de “certos indivíduos”, de ovelhas ranhosas que devem ser eliminadas. Tenho a impressão de que – nesta escala – não se trata de um problema de ovelhas ranhosas. Se está a acontecer em todos os países, em diferentes regiões… é porque há um problema no sistema, na forma como o Estado funciona”, diz um manifestante.
O Ministro do Interior francês Christophe Castaner anunciou que a imobilização por asfixia, como foi usada em Floyd, seria proibida na polícia francesa e prometeu “tolerância zero” para o racismo e para os abusos na aplicação da lei, mas muitos dos que saíram à rua pedem mudanças ainda mais profundas.