População é uma das mais afetadas pela pandemia, já que não tem recursos para conseguir se proteger do coronavírus e pela perda de empregos.
Refugiados são uma das populações mais vulneráveis durante a pandemia do novo coronavírus, já que não tem recursos financeiros e nem acesso à saúde, alertou a OMS nesta sexta-feira (19), véspera do Dia do Refugiados, que destacou que refugiados precisam ser incluídos em programas de saúde.
Apesar da preocupação e do medo de que a doença se disseminasse nos acampamentos de refugiados, a ACNUR não registrou ocorrências de surtos, já que teve de se preparar e fornecer os equipamentos necessários.
Porém, as comunidades, em que a grande maioria dos refugiados vivem, foram severamente afetadas, já que com a pandemia, grande parte dos trabalhadores perderam os empregos e as rendas.
Número de refugiados dobrou na última década
No mundo, mais de 18 milhões de pessoas vivem nessas circunstâncias, tendo que deixar o país ou cidade natal por conta de conflitos armados, guerras civis, violência e outros motivos. Cerca de 85% desses refugiados vivem em países pobres e em desenvolvimento, que tem instituições e um sistema de saúde frágeis, explicou o Alto Comissário da ACNUR, Filippo Grandi.
Nos últimos 10 anos, o número de pessoas que tiveram que deixar seu país de origem por conta de conflitos dobrou.
“Nós vivemos em um mundo em que é muito difícil conseguir a paz”, disse Grandi.
Em países como Iêmen, Síria e Líbia, os cidadãos acabam virando refugiados dentro do próprio país, fugindo dos conflitos e sem condições de buscar ajuda em outro lugar. Segundo Grandi, mais de 40% dos refugiados tem menos de 18 anos de idade.